Aproximadamente 1,5 milhão de brasileiros têm DRC (Doença Renal Crônica), estima a Sociedade Brasileira de Nefrologia. A pressão alta é responsável por 35% dos casos e o diabetes, por 30%. Obesidade, presença de doença renal na família, tabagismo e idade acima de 50 anos também são fatores de risco para o desenvolvimento da doença.
Os rins são fundamentais para o equilíbrio do organismo. Eles filtram o sangue e eliminam substâncias tóxicas, provenientes de alimentos e medicamentos, do nosso corpo diariamente. Ainda, produzem hormônios, como a eritropoietina, que regula a produção dos glóbulos vermelhos no sangue, a renina e a angiotensina, que controlam a pressão arterial. Os rins também mantêm o equilíbrio dos fluídos e eletrólitos no organismo, como o sódio, potássio, cálcio, fósforo e bicarbonato.
Quando esse órgão não realiza bem suas funções, pode ocorrer acúmulo de toxinas como ureia, creatinina, potássio e de líquido no corpo. Também podem surgir anemia pela redução da produção de glóbulos vermelhos, hipertensão arterial, redução de vitamina D e da massa óssea. Depois dos 40 anos o indivíduo perde, em média, 1% da função renal anualmente. Um em cada dez adultos é portador de doença renal.
De acordo com a nefrologista Leda Lotaif, do HCor - Hospital do Coração, em São Paulo, quando o rim apresenta algum problema, os sinais e sintomas costumam ser praticamente imperceptíveis, assim muitos só descobrem a doença quando ela já está em grau avançado.
"A evolução da doença renal é silenciosa e passa despercebida, mesmo quando os rins funcionam com apenas de 15% a 20% da sua capacidade. Por isso é importante orientar a população para prevenir e identificar precocemente a DRC", explica a nefrologista.
Os homens correspondem a 58% dos pacientes renais e 31% dos que sofrem de insuficiência renal têm mais de 65 anos. O exame de urina e a dosagem da creatinina no sangue são importantes para avaliar a condição dos rins, especialmente para as pessoas do grupo de risco.
Segundo a dra. Lotaif, há duas formas de tratamento de reposição renal: transplante e diálise. A diálise pode ser de dois tipos: hemodiálise, geralmente realizada no hospital ou clínica em média três vezes por semana, e diálise peritoneal, feita em casa, em geral enquanto o paciente está dormindo. O tempo de cada sessão e a frequência são definidos pelo nefrologista. No Brasil, mais de 100 mil pessoas fazem diálise.
"Estilo de vida saudável, como alimentação balanceada, controle do peso, prática de atividades físicas regulares, controle da pressão arterial e da taxa de açúcar no sangue, bem como a ingestão de dois litros de água diariamente, além de evitar o tabagismo, certamente ajuda na prevenção dos males que acometem os rins", finaliza a dra. Lotaif.
Principais sinas e sintomas dos portadores de doenças renais:
Como evitar as doenças renais: