A hipertensão atinge 30 milhões de pessoas em todo o Brasil. A pressão alta é uma doença silenciosa e dificilmente dá algum sintoma. É comum o paciente achar que está bem, mesmo quando a pressão está lá em cima. E é ai que mora o perigo. Muitas vezes o paciente deixa de seguir o tratamento como deveria e acha que não precisa mais de remédios.
Para falar sobre o assunto, o Bem Estar convidou o cardiologista e consultor do programa Roberto Kalil e o nefrologista Elias Davi Neto.
A pressão alta aumenta o risco de problemas nos rins - 50% dos pacientes que fazem diálise desenvolveram problemas renais por causa da diabetes ou da pressão alta fora de controle. Mas qual a relação da pressão arterial com o rim?
O rim filtra o sangue, ajuda a controlar a pressão arterial e também estimula a produção de glóbulos vermelhos. Quem não controla as taxas de açúcar, por exemplo, corre o risco de que a glicemia alta prejudique os glomérulos, um emaranhado de pequenos vasos que faz parte da área filtrante do rim.
Já a hipertensão afeta o rim de outra forma. Quando a pressão arterial está alta demais, o sangue entra com mais força nos rins e provoca o enrijecimento dos vasos. Com essa agressão constante, os vasos vão perdendo a capacidade de filtrar o sangue.
"Precisamos cuidar da saúde como um todo. Quando tomamos remédios, precisamos monitorar e ver se as doenças estão controladas. Diabetes e hipertensão podem afetar também as artérias, o cérebro, o coração", explica o nefrologista.